Corpus Christi! A festa que faz vibrar o coração das Irmãs de Regina Virginum

 

Para quem vive com entusiasmo sereno e profundo as festas do calendário litúrgico, a solenidade do Corpo de Cristo é um ponto alto da espiritualidade. A Eucaristia celebrada nesse dia é enriquecida pela sequência própria da Missa, o incomparável hino gregoriano intitulado Lauda Sion, que canta o altíssimo dom de Deus aos homens e a presença real de Jesus na Eucaristia, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, sob as espécies do pão e do vinho. No dizer de Mons. João Clá Dias, o hino é belíssimo por sua variada e suave melodia, e muito mais pela letra; apresenta uma síntese teológica em forma de poesia e brilha pela beleza da forma, elevação da doutrina, precisão teológica e intensidade do sentimento.[1]

O júbilo e a ação de graças das almas fiéis se refletem de diversas maneiras nesta festa, mas, de forma especial – seguindo a tradição europeia – nos artísticos tapetes confeccionados com flores, pó, serragem e outros materiais, que resultam em belos desenhos referentes à Sagrada Eucaristia. Nas paróquias, reúne-se um grupo de devotos artistas – às vezes só devotos, e às vezes só artistas – que abnegadamente passam várias horas ajoelhados preparando literalmente “os caminhos do Senhor”.

Após a Santa Missa, a procissão se inicia: o sacerdote sai precedido por dois turiferários que incensam continuamente o Santíssimo Sacramento, o qual vem sob um pálio ornamentado com franjas de ouro. Entre cânticos, orações, nuvens de incenso e bênçãos, o solene séquito vai passando sobre o tapete e “destruindo” em poucos minutos a obra de muitas horas. No entanto, a emoção salta em lágrimas, vendo que o doce Jesus Se digna pisar sobre o trabalho amoroso de seus filhos.

E, nesta tradição, mais uma vez se constata a sabedoria da Santa Igreja ao propiciar a seus fiéis a oportunidade de reverenciar de modo tão sensível o seu Deus. O homem se sente bem quando se lhe é exigido um esforço, um sofrimento por algo maior do que ele. É uma ressonância de seu desejo de absoluto, da busca contínua por Deus, que se satisfaz quando constata a aceitação de seu sacrifício, e até mais, a união de seu sacrifício com o holocausto de seu Divino Redentor.

Em oportunidades assim, o zelo apostólico e o fervor eucarístico das irmãs de Regina Virginum as levam a envolver-se até os bordos da alma nessa atividade. Ora planejando os desenhos, ora incentivando os paroquianos para que se envolvam no preparo do tapete, ora isto, ora aquilo, correm elas como “nuvens de celeste orvalho”, na alegria de sua entrega desinteressada e constante. E, junto com seus irmãos e irmãs em cada paróquia, capela, oratório, sentem vibrar seu coração de amor a Jesus, alegria dos Anjos, e de desejo de servir aos homens de boa vontade.

[1]Cf. https://pejoaocladiassermoes.blogspot.com/2011/06/corpus-christi.html

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