Hoje vamos escrever sobre as atividades internas e externas das irmãs. É sempre um tanto difícil alinhar as diferentes atividades para apresentá-las em uma só página! Mas é igualmente complicado criar tantos posts quanto atividades…
Assim, neste que o leitor lê agora, contemplamos propriamente o dia a dia dessa vida entregue no apostolado, que procura aproximar todos à vida da graça por meio da frequência dos Sacramentos e sacralizando a ordem temporal para a salvação das almas.
O dia das irmãs começa muito cedo. São elas adeptas do ditado português: “Deus ajuda a quem cedo madruga!” Assim, em geral, às 5h30 já tocam as sete badaladas do sino com que se despertam. Depois de um período de preparação pessoal, o primeiro ato em conjunto – que é o principal de todo o dia – será a participação da Santa Missa, onde lucrarão as graças necessárias para o apostolado que farão no decorrer das horas.
Já tendo apresentado a Nosso Senhor Eucarístico e a Nossa Senhora suas preces de ação de graças, de petição e de adoração, dirigem-se em cortejo cantando salmodias até o refeitório, para o café da manhã. Após este, o rosário em conjunto abrirá um período de recolhimento onde cada irmã estará em contato íntimo com Nosso Senhor até o término do mesmo.
A partir de então elas voltarão seu espírito para o atendimento dos numerosos pedidos que lhes chegam por diversos meios. Ora é a família de um enfermo que pede a visita das irmãs para juntos rezarem e se fortalecerem na fé. Ora é uma programação musical para um Lar de idosos ou uma Casa de acolhimento de órfãos, onde as irmãs distribuem a alegria de ser católico e o consolo da devoção marial. Às vezes as irmãs têm que se dedicar ao planejamento de Simpósios sobre temas da doutrina católica, atividade que envolve múltiplas tarefas: definição de objetivos, público alvo, estudos preparatórios, preparação do material para a exposição, busca do local ideal para sua realização, convites, entre mil outras iniciativas.
Em outras ocasiões, as irmãs devem fazer um treinamento para as cerimônias, como a do mês de Maria, realizada em Bogotá recentemente. E atuar na cerimônia em si…
Há ainda outras gratas atividades de menos desgaste e de grande importância: preparação de crianças para receberem a Primeira Comunhão, Cursos de Crisma, Cursos de Consagração a Nossa Senhora, treinos de música para as cerimônias internas ou externas, apoio às paróquias locais segundo sejam solicitadas pelos párocos… enfim, é um não acabar de servir os irmãos e irmãs em Cristo. Ah! E já me esquecia de contar das visitas aos colégios e das reuniões com famílias no fim de semana! Mas, um esclarecimento o leitor merece: todas as atividades aqui relatadas são desenvolvidas oportunamente, ou seja, de acordo com as necessidades e ocasiões que se apresentam a cada casa da Regina Virginum.
E como acaba um dia das irmãs? De maneira muito bonita: após o retorno à casa, segue-se um período de orações, o jantar à luz das velas, em silêncio, ouvindo alguma leitura de vida espiritual. Segue-se um breve “vacare Deo”, isto é, um período em que conversam entre si livremente, no qual compartilham suas experiências, as graças recebidas, as cruzes encontradas; ou simplesmente expandem sua alma no convívio fraterno e restaurador. Em poucos minutos soa novamente o sino da comunidade, chamando-as à última oração comunitária: a hora de Completas, cantada em gregoriano, solenemente. Após a antífona do tempo – Salve Regina, Ave Regina Coelorum, Sub tuum praesidium… – as luzes são apagadas e tem início o “Grande Silêncio”, momento em que “os homens calam e os Anjos falam”. A partir dessa hora, as irmãs não falam mais, seus passos são muito leves, os telefones são desligados. O convívio agora é só com os Anjos e com Deus.
Veja abaixo o álbum de fotos e constate o que leu!