Sim, até lá o Espírito Santo impulsiona a jovem Sociedade de Vida Apostólica Regina Virginum. Inicialmente um pequeno núcleo de famílias formou-se atraído pelo Curso de Consagração à Santíssima Virgem segundo o método de São Luís Maria Grignon de Montfort. Famílias têm crianças, meninos e meninas. E essas meninas entusiasmaram-se – através de fotos e filmes disponíveis na mídia – pelas irmãs da Regina Virginum. Os anos correram, elas cresceram, já podiam vir ao Brasil e conhecer de perto essa Sociedade cujo carisma as fascinou.
Entre longos períodos de formação junto às irmãs brasileiras e ocasionais estadias na sua querida Índia, elas foram constituindo um grupo pequeno, mas com estofo, com idealismo. A vida interior começou a frutificar: um numeroso grupo de jovens juveníssimas reunia-se em volta delas todos os fins de semana. Desejando preservar essas pequenas dos mil perigos que a vida hoje apresenta, começaram a instruí-las na catequese. Logo organizaram um pequeno coral, depois aulas de culinária, atividades artísticas… e assim, quando viram, já tinham um grupo – ou grupinho – considerável.
No entanto, bem sabiam essas primeiras que “[…] quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha” (Mt. 7-24). Consagrando suas jovens apostolandas aos Anjos da Guarda, retornaram ao Brasil para completar sua formação. Mas, os dias atuais – felizmente, neste aspecto – diferem muito dos tempos de São Francisco Xavier, que tinha que esperar até dois anos para receber uma carta de seu Fundador, Santo Inácio de Loyola, o qual tinha que aguardar outros dois, para receber a resposta de seu discípulo!
Aproveitando os meios mais modernos de comunicação, as irmãs indianas continuaram seu apostolado: reuniões on-line todas as semanas; aulas de catequese; pequenos vídeos diários de “boa noite”; formação de um grupo de famílias on-line também, com reuniões sobre diversos assuntos da doutrina católica e da vida do católico no mundo… enfim, uma série de atividades onde continua fluindo o sopro do Paráclito, sob a proteção da Mãe de Deus.
Recentemente, por ocasião das bodas de esmeralda dos pais de uma delas, viajaram as 27 horas que nos separam da Índia, levando consigo algumas irmãs ocidentais, ávidas de conhecer o misterioso oriente e os encantadores indianos. Foi uma estadia curta, na qual, entretanto, puderam comprovar quanto o sacro uniforme das irmãs e o carisma da Sociedade atraem os maravilháveis índicos.
De fato, entre reuniões familiares e visitas às famílias, muitas das quais conheciam apenas virtualmente, reuniões presenciais com suas pequenas discípulas, festas natalinas, apresentações musicais, visitas a religiosas amigas, viagens de trem, e – ó alegria! – veneração das relíquias de São Francisco Xavier, os dias se escoaram rapidamente, mas não se apagarão de suas almas as palavras ouvidas e a benquerença demonstrada nos diferentes ambientes que frequentaram. Foram numerosas as expressões de admiração, afeto e gratidão, algumas até emocionadas. Mas, é claro, andando pelas movimentadas e superpopulosas ruas das cidades, em que circulavam indianos de diferentes credos religiosos, encontraram também indiferença e rejeição.
Assim, com o coração cheio de esperanças quanto a seu longínquo país e projetos para prosseguir com o apostolado, retornaram ao Brasil as irmãs, transbordantes de alegria, entusiasmo e gratidão, não sem antes consagrar as intenções, os planos e os frutos de seu apostolado a Nossa Senhora de Vailankani, padroeira da Índia.